Primeira Morte por Febre Oropouche é Registrada na Bahia

 Primeira Morte por Febre Oropouche é Registrada na Bahia; Segundo Óbito em Investigação


Imagem: divulgação

A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) registrou a primeira morte por Febre Oropouche no estado, nesta segunda-feira (17). A paciente era uma mulher de 24 anos, moradora de Valença, cidade que fica a 123 km de Salvador.

Paciente era da cidade de Valença, no baixo sul do estado, e tinha 24 anos. Caso investigado é de Camamu, na mesma região.

A morte aconteceu em março deste ano, mas só foi divulgada nesta segunda, porque diversos exames precisaram ser feitos para que a causa do óbito fosse confirmada. Mais detalhes sobre o quadro de saúde da paciente não foram detalhados nem pela pasta nem pela prefeitura de Valença, que adiantou que a jovem residia na zona rural.

"São dois casos de pessoas jovens, saudáveis, sem comorbidades. Isso foi o que nos chamou ainda mais atenção", afirmou o infectologista Antônio Bandeira, que faz parte da vigilância estadual.

Conhecendo a febre Oropoch 

A febre Oropouche é uma doença tropical emergente, causada pelo vírus Oropouche (OROV), pertencente à família Peribunyaviridae. Transmitida principalmente pela picada de mosquitos, a febre Oropouche está ganhando atenção devido ao aumento do número de casos registrados no Brasil e em outras regiões da América Latina.

O Vírus Oropouche

O OROV foi identificado pela primeira vez em Trinidad, em 1955, e desde então, tem sido responsável por surtos periódicos em várias partes da Amazônia brasileira e em outros países da América do Sul. Este vírus é transmitido principalmente pelo mosquito *Culicoides paraensis*, mas outros vetores também podem estar envolvidos na transmissão.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas da febre Oropouche são semelhantes aos de outras doenças virais transmitidas por mosquitos, como a dengue e a febre Zika. Eles incluem febre alta, dores de cabeça intensas, dores nas articulações e músculos, além de uma erupção cutânea. A doença raramente é fatal, mas pode causar desconforto significativo e incapacitar temporariamente os infectados.

O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, como a reação em cadeia da polimerase (PCR) e a sorologia, que detectam a presença do vírus ou dos anticorpos específicos no sangue do paciente.

Casos Recentes e Preocupações

Nos últimos anos, o Brasil tem registrado um aumento significativo no número de casos de febre Oropouche, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Esse aumento é atribuído a vários fatores, incluindo desmatamento, urbanização descontrolada e mudanças climáticas, que aumentam a proliferação dos mosquitos vetores.

Segundo o Ministério da Saúde, de 2022 para 2023, houve um aumento de 30% nos casos reportados. Esse crescimento preocupa autoridades de saúde pública, pois indica a necessidade de maior vigilância e controle dos vetores para evitar a propagação da doença.

Medidas de Controle e Prevenção

Atualmente, não há vacina ou tratamento específico para a febre Oropouche. O manejo da doença é sintomático, focando no alívio dos sintomas. Portanto, a prevenção é crucial. As medidas incluem:

- Uso de repelentes e roupas de manga longa para evitar picadas de mosquito.

- Implementação de programas de controle de vetores, como eliminação de criadouros de mosquitos.

- Educação da população sobre a importância de medidas preventivas.

A febre Oropouche representa um desafio crescente para a saúde pública no Brasil. A conscientização sobre a doença e a implementação de medidas eficazes de controle de vetores são essenciais para reduzir a incidência e prevenir surtos futuros. A colaboração entre governos, cientistas e a comunidade é fundamental para enfrentar essa ameaça emergente.


Por: Redação tmadicas.com.br

Fonte: Ministério da saúde e G1 notícias




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