Pesquisa da NASA Alerta para Brasil Inabitável em 50 Anos

Mudanças Climáticas - Brasil pode ficar ‘inabitável’ em 50 anos, revela estudo da NASA



Pesquisa da NASA aponta impactos alarmantes das mudanças climáticas no Brasil

Um novo estudo da NASA revela uma previsão preocupante: algumas regiões do Brasil podem se tornar inabitáveis devido ao calor extremo e à umidade nos próximos 50 anos. Esta pesquisa, publicada na revista Science Advances, destaca que os efeitos das mudanças climáticas podem ser catastróficos, tornando a vida insustentável em várias partes do mundo, incluindo o Brasil.

Calor pode atingir níveis insuportáveis no Brasil

Os cientistas da NASA mapearam cinco regiões globais onde o calor poderá atingir níveis insuportáveis para os seres humanos. Segundo as estimativas, até 2070, o calor e a umidade alcançarão níveis extremos nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Além do nosso país, o Golfo Pérsico, o Mar Vermelho, partes da China, do Sudeste Asiático e do Sul da Ásia também serão fortemente afetadas.

Durante o estudo, a equipe utilizou imagens de satélite e projeções da temperatura de bulbo úmido, uma medida que combina a temperatura do ar e a umidade para indicar o conforto térmico. Se essa temperatura ultrapassar os 35ºC por mais de seis horas, até mesmo pessoas saudáveis enfrentarão sérios problemas de saúde. Esse valor equivale a 45ºC com 50% de umidade, resultando em uma sensação térmica de assustadores 71ºC.

Até os anos 2000, considerava-se impossível que a temperatura de bulbo úmido chegasse a esse nível. No entanto, isso se tornou realidade a partir de 2005 em áreas do Golfo Pérsico e do Paquistão. O estudo alerta que, se as emissões de gases do efeito estufa continuarem no ritmo atual, o calor e a umidade aumentarão ainda mais, tornando algumas partes do mundo inabitáveis.

Impactos das mudanças climáticas no Brasil

Secas-relâmpago e desertificação no Nordeste

única área verde do Nordeste brasileiro, conhecida como agreste, está em risco de se transformar em deserto. De acordo com um estudo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), via Laboratório de Processamento de Imagens de Satélites (LAPIS), a vegetação semiárida característica de alguns estados nordestinos está sendo rapidamente engolida por áreas desérticas ao redor. Somente no ano passado, mais de 50% do agreste foi perdido devido às secas-relâmpago, fenômenos que, apesar de rápidos, são mortais.

O agreste, localizado entre a zona da mata litorânea e as terras mais áridas do Nordeste, como a Caatinga e o sertão, inclui 11 estados brasileiros, mas está diminuindo rapidamente. As secas-relâmpago, que duram de uma semana a um mês, têm um impacto devastador, e a tendência é que a região passe de semiárida para desértica.

Crise hídrica e degradação do Cerrado

Cerrado brasileiro enfrenta sua pior crise em sete séculos, conforme revela um estudo publicado na Nature Communications. O aquecimento global na região central do Brasil é tão intenso que a água da chuva evapora antes de se infiltrar no solo. A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade de São Paulo (USP), mostra que o Cerrado, o segundo maior bioma da América do Sul, está enfrentando uma seca sem precedentes em pelo menos 700 anos.

Os cientistas alertam que o Cerrado, localizado principalmente na região Centro-Oeste, está sofrendo com a falta de água, o que compromete não apenas a biodiversidade, mas também as atividades agrícolas. A temperatura ainda não atingiu seu máximo, e a previsão é de que a situação piore, afetando diretamente a vida de milhões de pessoas.

Consequências para a população

As consequências das mudanças climáticas para a população brasileira são alarmantes. Com o aumento das temperaturas e a intensificação das secas, a agricultura, a saúde pública e a qualidade de vida serão gravemente afetadas. Além disso, a migração forçada devido à inabitabilidade de certas regiões poderá gerar crises humanitárias sem precedentes.


Por: Redação tmadicas.com.br Fonte: Olhar Digital

Comentários

Postagem Anterior Próxima Postagem