Quem é a Médica Presa por Sequestrar Bebê Recém-Nascida em Minas Gerais na Cidade de Uberlândia
O Caso de Uberlândia: Um Sequestro que Chocou Minas Gerais
Na quarta-feira, 24 de julho, a cidade de Uberlândia, Minas Gerais, foi abalada pela notícia do sequestro de uma bebê recém-nascida. A principal suspeita, Claudia Soares Alves, uma médica neurologista de 42 anos, foi presa pela Polícia Civil de Minas Gerais. O incidente ocorreu no Hospital das Clínicas de Uberlândia, onde a suspeita, se passando por pediatra, conseguiu acessar o quarto da criança e levá-la sob o pretexto de auxiliar na amamentação. A bebê foi encontrada no dia seguinte em Itumbiara, Goiás, a cerca de 135 quilômetros de distância, e já foi devolvida à sua família.
Claudia Soares Alves: Perfil da Suspeita
Claudia Soares Alves é uma profissional de saúde com um histórico acadêmico e profissional no qual ela se formou em Medicina pela Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, atual Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em 2004, e possui especialização em neurologia. Em 2023, concluiu seu doutorado em Medicina e Ciências da Saúde. Até recentemente, Claudia atuava como professora nos cursos de enfermagem e medicina na Universidade Estadual de Goiás e foi nomeada docente na Faculdade de Medicina de Umuarama, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Nas redes sociais, Claudia tinha um perfil ativo com mais de 10 mil seguidores, onde compartilhava conteúdos relacionados a sua especialidade, como enxaqueca, AVC, distúrbios do movimento, esclerose múltipla e Alzheimer. No entanto, o perfil foi retirado do ar após a ampla repercussão do caso.
O Sequestro: Como Tudo Aconteceu
De acordo com o boletim de ocorrência, Claudia Soares Alves teria se identificado falsamente como pediatra para acessar o quarto onde estava a recém-nascida e seus pais. Ela teria dito à família que precisava levar a criança para um procedimento de amamentação em um quarto adjacente. Quando a mãe notou a demora, o pai da bebê procurou informações com uma enfermeira, que afirmou que nenhuma médica ou enfermeira havia levado a criança, desencadeando o alerta de desaparecimento.
A médica foi presa por volta das 10h50 da quarta-feira seguinte, já em Itumbiara, onde a polícia encontrou a bebê, juntamente com roupas, sapatos e duas bolsas no carro de Claudia. A criança foi devolvida aos pais ainda no mesmo dia.
Repercussões e Investigações
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que Claudia Soares Alves não possui antecedentes criminais. No entanto, a defesa da médica apresentou um laudo afirmando que ela é "portadora de transtorno afetivo bipolar" e estava em "crise psicótica" no momento do crime, o que teria afetado sua capacidade de discernimento. O laudo indica que Claudia está em tratamento psiquiátrico desde 2022, com diagnósticos de transtorno afetivo bipolar, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno do pânico.
Resposta das Instituições e Medidas Legais
A Universidade Federal do Triângulo Mineiro, onde Claudia se formou, lamentou o ocorrido e reafirmou seu compromisso com a formação ética de seus estudantes. A Universidade Estadual de Goiás informou que a médica havia pedido exoneração no início do mês, e que, após a conclusão dos trâmites processuais, não fará mais parte do quadro docente da universidade. A Universidade Federal de Uberlândia também iniciará um processo administrativo interno que poderá resultar na demissão da médica.
O caso trouxe à tona discussões sobre a segurança nos hospitais e a necessidade de rigorosos controles de identidade para proteger pacientes e famílias de situações semelhantes. A sociedade espera por justiça e por medidas que evitem que incidentes como este se repitam.
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