Família Encontrada Morta em Uberlândia Intoxicação por Monóxido de Carbono é Possível Causa

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Família Encontrada Morta em Uberlândia: Intoxicação por Monóxido de Carbono no Dia dos Pais

Imagem: Reprodução Rede de Notícias

No último domingo, 11 de agosto, uma tragédia assolou uma família em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, quando quatro membros foram encontrados mortos em seu apartamento. A suspeita preliminar aponta para intoxicação por monóxido de carbono, decorrente de um vazamento de gás no local. 

Uma Tragédia Inesperada

A família, composta por Rose Mary Araujo Azevedo, seu marido Danilo Rezende Oliveira, e seus dois filhos, uma menina de 16 anos e um menino de 11 anos, não compareceu ao almoço de Dia dos Pais, o que despertou a preocupação de seus familiares. Após diversas tentativas de contato fracassadas, o pai de Rose Mary e seu irmão decidiram ir até o apartamento, localizado no bairro Aclimação. Ao chegarem, tiveram que arrombar a porta para entrar e, tragicamente, encontraram os corpos.

Rose Mary e seu filho de 11 anos estavam caídos próximos à cozinha, enquanto a filha de 16 anos foi encontrada na sala. Danilo foi descoberto no banheiro, aparentemente enquanto tomava banho, já que o chuveiro ainda estava ligado quando os corpos foram achados. A suspeita é de que a fatalidade tenha ocorrido entre quatro e cinco horas antes de serem encontrados.

Possíveis Causas: O Papel do Aquecedor a Gás

A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando as causas da morte, com fortes indícios apontando para problemas na instalação ou uso do aquecedor a gás. Este equipamento, utilizado para aquecer a água em dias frios, como era o caso no dia da tragédia, pode ter gerado monóxido de carbono, que, em vez de ser expelido para fora do apartamento, foi direcionado para dentro, resultando na intoxicação fatal.

O Corpo de Bombeiros, que foi acionado por volta das 18h, realizou uma vistoria no local e confirmou a presença de monóxido de carbono no ar. Os próprios parentes das vítimas relataram sentir tontura ao entrarem no apartamento, um sinal claro da alta concentração desse gás tóxico. Para eliminar o gás, os bombeiros utilizaram ventilação forçada, com jatos de água, e só liberaram o apartamento após os níveis de monóxido de carbono baixarem a níveis seguros.

Segurança Residencial: Riscos e Precauções com Gases Tóxicos

A tragédia que atingiu esta família de Uberlândia destaca a importância de manutenção adequada e inspeções regulares em equipamentos que utilizam gás, como aquecedores e fogões. O monóxido de carbono é um gás incolor e inodoro, o que o torna extremamente perigoso, pois pode causar intoxicação sem que as pessoas percebam. A instalação inadequada ou falta de manutenção desses equipamentos pode resultar em vazamentos que, como no caso dessa família, podem ser fatais.

É essencial que os moradores de apartamentos e casas que utilizam aquecedores a gás ou outros aparelhos semelhantes verifiquem se as instalações estão corretas e se há uma ventilação adequada no local. A instalação de detectores de monóxido de carbono é uma medida preventiva eficaz que pode salvar vidas ao alertar os residentes sobre a presença do gás antes que atinja níveis perigosos.

A Dor da Perda: Quem Eram as Vítimas

Rose Mary Araujo Azevedo, de 34 anos, era cabeleireira e mãe dedicada de dois filhos. Seu marido, Danilo Rezende Oliveira, de 33 anos, trabalhava como pintor e era conhecido por sua competência e prestatividade. O filho do casal, de 11 anos, era uma criança alegre e cheia de vida, enquanto a filha de 16 anos, que era enteada de Danilo e filha biológica de Rose Mary, também tinha um futuro promissor.

Amigos e familiares expressaram sua dor e incredulidade diante da tragédia. Mery Anny, amiga de infância de Rose Mary, descreveu-a como uma pessoa extremamente bondosa e carinhosa, que sempre mantinha um laço forte com aqueles que amava. Paulo Cesar da Silva, colega de trabalho de Danilo, destacou o profissionalismo e a disposição de Danilo em ajudar os outros.

Interdição e Investigação: Medidas Tomadas pelas Autoridades

Após a descoberta dos corpos, o Corpo de Bombeiros interditou o bloco do condomínio onde a família residia, que abriga cerca de 800 pessoas em 225 apartamentos. A interdição foi necessária para garantir que não houvesse risco de explosão ou novas intoxicações por monóxido de carbono. Somente após a realização de todos os procedimentos de segurança, o bloco foi liberado.

A Defesa Civil também acompanhou o caso de perto, enquanto a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar as causas do acidente. O laudo pericial, que está sendo aguardado, será fundamental para determinar se houve falhas na instalação do aquecedor ou se outros fatores contribuíram para o acúmulo de gás no apartamento.


Por: Redação www.tmadicas.com.br Fonte: Estado de Minas

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