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Clínica de Reabilitação em Minas Gerais é Fechada por Maus-Tratos e Cárcere Privado
Uma operação policial conjunta levou ao fechamento de uma clínica de reabilitação clandestina em Taiobeiras, no Norte de Minas Gerais, após denúncias de maus-tratos e cárcere privado. Sete pessoas, entre proprietários e funcionários, foram presas. A operação ocorreu nesta terça-feira (17/09), quando as autoridades chegaram ao local e descobriram condições desumanas para os 60 pacientes internados.
Operação Policial: Detalhes da Ação e Prisões
A operação foi realizada com o apoio da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Ministério Público (MPMG), Polícia Militar (PMMG), Corpo de Bombeiros (CBMMG), além de órgãos municipais, como Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária. O local, uma clínica clandestina para dependentes químicos e deficientes físicos e mentais, foi encontrado em situação precária.
As equipes constataram que os internos estavam vivendo em condições degradantes, com relatos de agressões, fome e privação de liberdade. As vítimas confirmaram que eram impedidas de sair do local e sofriam ameaças constantes. Os depoimentos também apontaram para a existência de um "quarto do pensamento", onde os internos ficavam trancados como forma de punição.
Maus-Tratos e Cárcere Privado: Situação dos Pacientes
Os 60 pacientes internados na clínica clandestina eram submetidos a maus-tratos, agressões físicas e psicológicas. Segundo relatos, homens e mulheres eram mantidos em quartos lotados e sem conforto. Alguns estavam com sinais de agressões recentes, enquanto outros afirmaram que eram coagidos a não contar aos familiares sobre o tratamento brutal que recebiam.
A ala feminina, separada dos homens, também apresentava relatos de agressões. As mulheres eram dopadas com medicamentos e submetidas a punições severas, como tapas e socos, caso tentassem fugir.
Consequências da Operação: Prisões e Encaminhamento dos Pacientes
Após a operação, sete pessoas foram presas em flagrante pelo crime de cárcere privado e maus-tratos. A clínica foi interditada e os pacientes ficaram sob a responsabilidade dos órgãos municipais até serem reunidos com suas famílias. As famílias dos internos relatavam que pagavam entre R$ 1,2 mil e R$ 1,4 mil pela internação, com uma multa de R$ 3 mil em caso de quebra de contrato.
A investigação segue em andamento, e os suspeitos estão à disposição da Justiça no sistema prisional.
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