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Mulher que habita McDonald's no Leblon com sua filha é presa por injúria racial
Confusão no McDonald's do Leblon
A Polícia Civil prendeu Susane Paula Muratori em flagrante por injúria racial. Ela reside há meses com sua filha, Bruna Muratori, em um McDonald's no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ambas foram levadas à 14ª DP (Leblon) na sexta-feira (30), após serem acusadas de racismo por um grupo de cinco adolescentes.
Injúria Racial
Bruna foi liberada pelos agentes da delegacia durante a noite, mas a mãe permaneceu detida na unidade. Segundo o relato da mãe de uma das vítimas ao RJTV1, da TV Globo, Susane teria chamado uma das jovens de "preta nojenta", "pobre" e "pretinha".
A mãe da adolescente, identificada como Bruna Medina de Souza, explicou que a confusão teria começado porque as jovens estavam conversando e rindo no restaurante. As "moradoras da lanchonete", conforme relataram as adolescentes, se incomodaram e começaram a filmá-las.
As ofensas surgiram durante a gravação, quando as meninas afirmam ter sido chamadas de "fedelhas", "pretas" e "vagabundinhas". O pai de uma das vítimas ouviu de sua filha que as duas mulheres disseram que aquele não era lugar para "pobre" e "negros".
O crime foi registrado na 14ª DP (Leblon), onde as testemunhas foram ouvidas e Susane foi autuada por injúria racial. O caso agora segue para o Judiciário. No final da manhã, Susane foi transferida para um presídio em Benfica, na Zona Norte.
Policiais do Programa Leblon Presente Acionados
De acordo com a Secretaria de Estado de Governo (Segov), policiais do programa Leblon Presente foram acionados para o estabelecimento, situado na Rua Ataulfo de Paiva, para verificar um possível caso de racismo.
Testemunhas informaram aos agentes que a adolescente e sua mãe haviam entrado no local para comprar um lanche e teriam fotografado as duas mulheres. Susane e Bruna teriam se incomodado com a situação e proferido ofensas de caráter racista. A equipe então conduziu todos os envolvidos para a 14ª DP (Leblon). As malas das "moradoras" do estabelecimento também foram levadas à delegacia.
Moradoras do McDonald's
Susane e Bruna "vivem" no restaurante desde fevereiro deste ano, após terem saído de um imóvel alugado. No restaurante de fast food, as duas ocupam mesas onde também deixam suas malas. O local opera das 10h às 5h da manhã. Durante esse intervalo, mãe e filha costumam esperar na calçada do estabelecimento. A situação ganhou notoriedade em abril, quando o caso viralizou nas redes sociais.
Dívidas de aluguel
Em 2017, mãe e filha foram condenadas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul pelo não pagamento de quatro meses de aluguel, entre agosto e novembro. A dívida totaliza quase R$ 10 mil.
No Rio de Janeiro, os primeiros registros são de 2019. Há pelo menos três dívidas em nome das duas. Em uma delas, a Justiça condenou ambas e determinou o despejo, por acumularem uma dívida de R$ 13 mil. Em outro processo, o juiz avaliou que se tratava de um caso de hipossuficiência, ou seja, elas não tinham condições financeiras de quitar as dívidas.
Em entrevista ao jornal O DIA, Bruna afirmou que os casos judiciais já haviam sido resolvidos.
"As pessoas criaram um problema para mim e para minha mãe. Estávamos resolvendo uma situação. Estamos procurando um lugar para ficar. É comum essa situação", declarou Bruna.
Atualização sobre o Caso (01/09/2024)
Após prisão por injúria racial, Justiça do Rio determina a soltura de mulher que 'reside' em McDonald's
Susane Paula Muratori Geremia, de 65 anos, foi impedida de acessar ou frequentar o restaurante, localizado no Leblon, na Zona Sul. Durante a audiência de custódia realizada na tarde deste sábado (31), a Justiça do Rio de Janeiro ordenou a libertação de Susane Paula Muratori Geremia, de 65 anos. A mulher, que "reside" há meses com sua filha em um McDonald's no Leblon, Zona Sul, havia sido detida pelo crime de injúria racial contra um grupo de adolescentes. Embora tenha sido liberada, ela está proibida de retornar ao estabelecimento.
Na decisão, a juíza Ariadne Villela Lopes rejeitou o pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) para converter a prisão em flagrante em prisão preventiva. Ela considerou o fato de Susane ser idosa e não possuir antecedentes criminais, concedendo assim a liberdade provisória.
No entanto, a magistrada impôs algumas medidas cautelares a Susane. Entre as determinações está a proibição de acessar ou frequentar o local onde o crime ocorreu, na unidade situada na esquina da Avenida Ataulfo de Paiva com a Rua Paulo Góes, por um período de dois anos.
Além disso, Susane deverá comparecer mensalmente ao juízo, durante dois anos, para informar e justificar suas atividades. Ela também está proibida de manter qualquer contato com a adolescente que a denunciou, devendo manter uma distância mínima de 500 metros da vítima.
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