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Investigados por Manipulação de Escalas e Cirurgias Particulares
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Foto: MPMG / Divulgação |
Pelo menos quatro médicos da Casa de Caridade Leopoldinense, em Leopoldina (MG), estão sendo investigados por suspeitas de manipulação de escalas de plantão, realização de cirurgias particulares durante plantões do SUS e ocultamento de erros médicos. A investigação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Operação do MPMG Realiza Prisões e Afastamentos
No dia 12 de dezembro de 2024, o MPMG cumpriu quatro mandados de prisão temporária contra médicos, seis ordens de afastamento de funções e 20 mandados de busca e apreensão. As ações ocorreram em hospitais e em uma clínica de anestesiologia nas cidades de Leopoldina e Além Paraíba, ambos os municípios localizados na Zona da Mata mineira.
Organização Criminosa no SUS
O MPMG classificou o grupo investigado como uma organização criminosa que gera "graves riscos à saúde e à vida dos usuários do SUS". As apurações iniciais apontam que os médicos manipulavam escalas para aparecerem como presentes em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo. A distância entre as unidades é de 55 km, o que torna a situação logística impossível.
Denúncia de Cirurgias Particulares em Horário de Plantão
Outra irregularidade identificada é a realização de cirurgias eletivas particulares durante os horários destinados a plantões de urgência e emergência do SUS. Durante as investigações, foi constatado que os médicos interrompiam o atendimento de pacientes do sistema público para atender pacientes particulares. Essa prática expõe os pacientes do SUS a riscos significativos, segundo o MPMG.
Crimes e Penalidades Apuradas pelo MPMG
Os médicos estão sendo investigados pelos seguintes crimes:
Exposição da vida ou saúde de outrem a perigo (Artigo 132 do Código Penal Brasileiro);
Desvio de bens públicos;
Falsidade ideológica;
Formação de organização criminosa.
Além disso, os profissionais são suspeitos de falsificar documentos, ocultar erros médicos, subtrair materiais cirúrgicos e atribuir responsabilidades a terceiros inocentes.
Impactos e Próximos Passos da Investigação
A investigação segue em andamento, e o MPMG afirma que novas evidências podem surgir a partir do material apreendido. Caso as acusações sejam confirmadas, os médicos podem responder na justiça por todos os crimes mencionados, além de enfrentar a perda de seus registros profissionais.
A situação levanta uma série de preocupações relacionadas à transparência e à ética na prestação de serviços públicos de saúde. Casos como esse reforçam a importância de uma fiscalização mais rigorosa nos contratos e no controle de presença de profissionais de saúde que atuam no SUS.
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