Um queijo muçarela processado, vendido em supermercados, tem gerado dúvidas entre os consumidores devido à sua composição diferenciada. O produto, encontrado em um atacarejo de Fortaleza, continha fécula de batata e aditivos químicos, características que o distanciam da muçarela tradicional.
Além da diferença na composição, o preço também chamou atenção: a peça de 3,7kg estava sendo vendida por R$ 49,90 o quilo, um valor superior ao da muçarela comum, comercializada a R$ 45,90 o quilo.
Embora visualmente parecido com a muçarela tradicional, o queijo processado contém ingredientes adicionais, como:
De acordo com a legislação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para ser classificado como queijo processado, o produto deve conter pelo menos 75% de queijo em sua formulação.
A polêmica ganhou força nas redes sociais após um vídeo da engenheira de alimentos Marilda Fajardo viralizar. No conteúdo, ela explica que o produto tem textura, sabor e capacidade de derretimento diferentes da muçarela original, levantando a questão sobre a clareza das informações no rótulo.
Consumidores relataram que, ao comprarem queijo fatiado, muitas vezes não verificam a marca e os ingredientes, o que pode levar à confusão na hora da compra.
A professora Juliane Doering Gasparin Carvalho, da Universidade Federal do Ceará (UFC), explica que a presença de carboidratos no queijo processado pode não ser indicada para diabéticos, além de haver uma possível redução no teor de proteínas em relação à muçarela convencional.
Já a pesquisadora Leila Maria Spadoti, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital/Apta/SAA), reforça que o produto segue regulamentações, mas o consumidor precisa ficar atento ao rótulo para entender exatamente o que está comprando.
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