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Hospital da Ebserh em Juiz de Fora oferece suporte psicológico para crianças em luto
O Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF), vinculado à Ebserh, tem proporcionado um atendimento especializado e acolhedor para crianças que enfrentam a perda de entes queridos. Por meio do Ambulatório de Luto Infantil – Enlutinho, a unidade oferece suporte psicológico com o objetivo de ajudar os pequenos a lidarem com o luto de maneira saudável e segura.
O nascimento do Enlutinho
A ideia de criar um espaço dedicado ao atendimento psicológico de crianças enlutadas surgiu a partir da experiência bem-sucedida do Ambulatório de Luto do HU, que já prestava apoio a adultos. Com o tempo, tornou-se evidente a necessidade de expandir esse serviço para o público infantil. Fabiane Rossi, vice-coordenadora do ambulatório, explica: “Em 2020, criamos o projeto de extensão Enlutar, oferecendo suporte psicológico online. Em 2024, percebemos a demanda crescente por um atendimento especializado para crianças e criamos o Enlutinho.”
Suporte psicológico adaptado para crianças
O Ambulatório de Luto Infantil adota uma abordagem lúdica, que se adapta à fase de desenvolvimento da criança. Técnicas psicológicas específicas são utilizadas para ajudar as crianças a expressarem suas emoções e a processarem o luto. Fabiane Rossi destaca a importância do trabalho: “Nosso objetivo é oferecer um espaço seguro onde a criança e sua família possam se expressar e elaborar o luto.”
Como acessar o serviço
O Enlutinho oferece atendimento a crianças de 3 a 11 anos que perderam um ente querido. Os responsáveis podem solicitar o atendimento enviando uma mensagem via WhatsApp para o número (32) 4009-5368. O serviço também está alinhado com uma pesquisa acadêmica sobre luto infantil, contribuindo para o avanço do conhecimento científico na área.
A importância do suporte especializado
Muitas vezes, as famílias não sabem identificar os sinais de que uma criança precisa de apoio psicológico. Fernanda Buzzinari, psicóloga responsável pelo Enlutinho, alerta: “Quando há alterações de humor e comportamento que impactam o dia a dia da criança, é necessário buscar ajuda especializada.” Ela enfatiza que os adultos, muitas vezes, evitam conversar sobre a morte com os pequenos, o que pode dificultar o processo de luto e aumentar o sofrimento.
Histórias de acolhimento
Ana Caroline Netto, faxineira e mãe de duas filhas que perderam o pai em um acidente de trabalho, procurou o Ambulatório de Luto Infantil para ajudar suas filhas a lidarem com a perda. "A mais nova ainda tem dúvidas, mas já entende que o pai virou uma estrelinha. A mais velha se fechou, mas agora está mais aberta e entendendo a situação", compartilhou Ana. Ela acredita que todos que passam por situações de luto devem buscar apoio, destacando os benefícios que o Enlutinho trouxe para sua família.
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