PT e PL Mantêm Posições Firmes, Enquanto Outros Partidos Ainda Avaliam o Perdão
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Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão |
A discussão sobre a anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro avança na Câmara dos Deputados, com o apoio consolidado do Centrão e divisões internas entre partidos historicamente de esquerda. O projeto de lei 2.858/2022, de autoria do deputado Major Vitor Hugo (PL-GO), propõe o perdão aos envolvidos na invasão dos Três Poderes, trazendo debates acalorados no Congresso Nacional.
PT e PL Mantêm Posições Opostas
As bancadas do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, estão unânimes em suas posições, mas em lados opostos. O PL apoia amplamente a anistia, enquanto o PT se mantém contra qualquer tipo de perdão aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Centrão Apoia Anistia, Mas Há Divergências
O apoio do Centrão pode ser decisivo para a aprovação da anistia. Levantamento do Estadão mostra que 171 deputados são favoráveis ao perdão, enquanto 115 são contra e 92 não responderam.
Republicanos: 16 deputados a favor, apenas 1 contra.
MDB: 16 apoiam, 2 se opõem.
União Brasil: 22 favoráveis, 3 contrários.
PP: 16 defendem a anistia, apenas 1 é contra.
PSD: 12 apoiam, 6 discordam.
Apesar do apoio expressivo, líderes partidários demonstram cautela. O presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), afirmou que a votação do projeto deve aguardar o encerramento dos julgamentos no STF, gerando atritos com bolsonaristas.
PSB e PDT Mantêm Posições Indefinidas
Partidos ligados ao governo, como PSB e PDT, ainda não possuem um posicionamento fechado. No PDT, seis deputados não responderam, enquanto no PSB, oito são contrários à anistia, mas há indefinição entre outros parlamentares.
Bolsonaro Pode Ser Beneficiado?
O projeto abre brechas para beneficiar Jair Bolsonaro e seus aliados, fato que gera resistência entre partidos de oposição. 50 deputados do PL defendem que Bolsonaro também seja anistiado, enquanto apenas 7 apoiam uma redução parcial das penas.
O tema segue em debate na Câmara e pode ganhar novos desdobramentos nos próximos dias, dependendo do avanço das negociações entre os partidos.
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