Bolsonaro participa de ato por anistia em Copacabana
A manifestação em apoio à anistia dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro reuniu milhares de pessoas na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou do ato, acompanhado de aliados políticos e apoiadores.
Protesto ocorre antes do julgamento no STF
A mobilização acontece dias antes do Supremo Tribunal Federal (STF) analisar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pode tornar Bolsonaro réu. O julgamento está marcado para 25 de março e envolve acusações sobre uma suposta trama para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Lideranças políticas presentes no evento
O ato contou com a presença de diversas figuras públicas, incluindo os governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Cláudio Castro (RJ), o pastor Silas Malafaia, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e os filhos de Bolsonaro, Carlos e Flávio Bolsonaro.
Número de participantes e discursos
Segundo dados do Monitor do Debate Público do Cebrap, em parceria com a ONG More in Common, cerca de 16,2 mil pessoas estavam presentes às 10h40. Imagens aéreas mostraram que os manifestantes ocuparam pelo menos duas quadras da Avenida Atlântica, muitos vestindo a camisa da seleção brasileira e segurando faixas pedindo "anistia já".
Os discursos abordaram a defesa da anistia e críticas ao STF e ao governo Lula. O ministro Alexandre de Moraes foi um dos principais alvos das falas, enquanto os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin foram vaiados. O senador Flávio Bolsonaro mencionou a morte de um detento na Penitenciária da Papuda, o que gerou manifestações contra Moraes.
Críticas ao governo e defesa da anistia
Tarcísio de Freitas destacou a alta nos preços de alimentos e combustíveis em seu discurso e defendeu o retorno de Bolsonaro. Já Valdemar da Costa Neto afirmou que Bolsonaro será candidato à Presidência em 2026, mesmo estando inelegível.
A proposta de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro tem avançado na Câmara dos Deputados com apoio de partidos do Centrão, incluindo Republicanos, PSD, União Brasil e PP.
Julgamento no STF pode tornar Bolsonaro réu
A denúncia da PGR aponta Bolsonaro como líder do chamado "núcleo central" dos eventos de 8 de janeiro, ao lado de ex-ministros e autoridades militares. Se o STF aceitar a denúncia, Bolsonaro poderá se tornar réu por tentativa de golpe de Estado. O julgamento na Primeira Turma do STF está marcado para os dias 25 e 26 de março.
Michelle Bolsonaro não comparece ao evento
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não participou do ato, pois passou por um procedimento estético recente e não recebeu liberação médica para comparecer.
Bolsonaro compartilhou um vídeo nas redes sociais antes do evento, destacando o protesto como um momento de apoio à anistia dos detidos pelos atos de 8 de janeiro.
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