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Ladrões Roubam Café até "no pé"em Minas Gerais devido ao Preço em Alta
A alta recorde no preço do café, cotado a mais de R$ 2.500 a saca de 60 quilos, tem provocado um aumento significativo nos furtos de café em Minas Gerais. O café, que já é um dos principais produtos agrícolas do estado, se tornou alvo de criminosos, especialmente nas regiões do Sul de Minas, Triângulo Mineiro e Zona da Mata. Nos últimos meses, produtores estão preocupados com a segurança de suas lavouras, pois agora o furto de café ainda no pé se tornou um problema crescente.
Preço do Café Impulsiona Furtos no Campo
A valorização do café tem tornado o grão mais lucrativo para criminosos. Enquanto o preço da saca superou os R$ 2.500, a rentabilidade do furto de café se mostrou mais vantajosa do que o roubo de outros bens da zona rural. De acordo com produtores, qualquer prejuízo no campo impacta diretamente no orçamento familiar. Muitos produtores de agricultura familiar afirmam que a situação ficou ainda mais tensa, com furtos de café sendo praticados principalmente à noite, por ladrões solitários que tentam passar despercebidos.
Furtos de Café em Lavras e Região
Em cidades como Ilicínea, Campestre e São Sebastião do Paraíso, foram registrados furtos de café diretamente dos pés. No caso de São Sebastião do Paraíso, o prefeito Marcelo Morais (PSD) fez um alerta em um vídeo, questionando: "Vocês sabem o preço que está o café, né? Já imaginaram como vai ser a segurança dos produtores nessa próxima safra, com o preço do café lá em cima?"
Preocupação Cresce com a Valorização do Produto
Além dos furtos comuns, há também o aumento da atuação de quadrilhas especializadas em roubo de café. Em Jacutinga, a Polícia Civil recuperou uma carga de café roubada no porto de Santos, com valor estimado em R$ 2 milhões. Casos semelhantes, como o roubo de café em Lavras, também têm se tornado mais frequentes.
Ameaça à Qualidade do Café
O furto de café ainda no pé, muitas vezes verde, pode impactar negativamente a qualidade do produto. O café verde roubado pode resultar em um custo maior de produção, pois não atingirá o nível de qualidade desejado para o mercado.
Propostas para Melhorar a Segurança no Campo
Em Guaxupé, durante a Femagri (Feira de Máquinas e Tecnologia), o tema segurança no campo foi amplamente discutido. José Eduardo dos Santos Júnior, da Cooxupé, destacou que os ladrões preferem roubar o café ao invés de fertilizantes, já que uma tonelada de fertilizante custa o mesmo que uma saca de café.
Estratégias de Segurança e Prevenção
Durante a Femagri, o coronel Jardel Trajano de Oliveira Gomes, comandante da Polícia Militar no Sul e Sudoeste de Minas, afirmou que a segurança no campo deve ser um esforço contínuo. Ele ressaltou a importância da integração entre polícia, cooperativas, sindicatos, prefeituras e produtores para enfrentar o roubo de café.
"Mas, sozinhas, a Polícia Militar e a Polícia Civil não conseguirão fazer nada. É preciso que haja mudança de comportamento de todos," disse o coronel, destacando a necessidade de investimentos em equipamentos de segurança e conscientização das comunidades.
Ações em Andamento na Assembleia Legislativa
O deputado estadual Professor Cleiton (PV) também levantou a questão na Assembleia Legislativa, buscando um plano de segurança para os produtores de café em Minas Gerais. Ele mencionou a presença de quadrilhas organizadas, como o Comando Vermelho e o PCC, nas regiões cafeeiras.
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