Violência Contra Mulheres No Brasil Bate Recorde Histórico

 Violência Contra Mulheres Atinge 21,4 Milhões No Brasil

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Foto: Elza Fiuza/Arquivo/Agência Brasil

Nos últimos 12 meses, cerca de 21,4 milhões de mulheres brasileiras foram vítimas de violência física, sexual ou psicológica. O número corresponde a 37,5% da população feminina e representa o maior percentual já registrado pela pesquisa Visível e Invisível: Vitimização de Mulheres no Brasil, divulgada nesta segunda-feira (10).

O estudo, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Datafolha, revelou um aumento de 8,6% em relação a 2023. A principal forma de violência sofrida foram os insultos e humilhações, atingindo mais de 17 milhões de mulheres (31,4%).

Tipos De Violência Mais Comuns

Os principais tipos de agressões relatadas pelas vítimas incluem:

Violência verbal: 31,4% (17 milhões de mulheres);

Violência física: 16,9% (8,9 milhões de vítimas);

Ameaças de agressão: 16,1% (8,5 milhões de mulheres);

Perseguição e intimidação: 16,1% (8,5 milhões de vítimas);

Assédio sexual e tentativa de estupro: 10,7% (5,3 milhões de mulheres);

Lesões corporais causadas por objetos: 4,3 milhões de vítimas.

O Perfil Das Vítimas

Foto: iStock/kieferpix

A pesquisa revelou que a faixa etária mais vulnerável está entre 25 e 34 anos (43,6%), seguida pelas mulheres de 35 a 44 anos (39,5%) e 45 a 59 anos (38,2%).

Os principais agressores são companheiros atuais (40%) e ex-parceiros (26,8%), demonstrando que grande parte da violência ocorre dentro de relações íntimas.

Onde A Violência Acontece

O levantamento apontou que 57% dos casos mais graves ocorrem dentro de casa. Além disso:

91,8% das vítimas foram agredidas na presença de outras pessoas, incluindo amigos e conhecidos;

27% das agressões aconteceram diante dos filhos, reforçando a gravidade do impacto familiar da violência doméstica.

Assédio Também Registra Números Altos

Além das agressões, 29 milhões de mulheres sofreram algum tipo de assédio no último ano. Os casos mais comuns foram:

Cantadas e comentários desrespeitosos na rua: 40,8%;

Assédio no transporte público: 15,3%;

Toques não consentidos em festas e baladas: 11,3%;

Beijos e agarros forçados: 9%.

A Maioria Das Vítimas Não Denuncia

O estudo revelou que 47,4% das mulheres não tomaram nenhuma atitude após sofrer violência. Apenas 14,2% procuraram delegacias especializadas e 10,3% foram a uma delegacia comum.

Os principais motivos para a falta de denúncia foram:

Conseguiram resolver sozinhas: 36,5%;

Falta de provas: 17,7%;

Desconfiança na polícia: 14%;

Medo de represálias: 13,9%.

Especialistas alertam que a subnotificação dificulta o combate à violência, perpetuando o ciclo de agressões.

Pesquisa E Metodologia

A pesquisa foi realizada com apoio da Uber e entrevistou 2.007 pessoas em 126 municípios entre os dias 10 e 14 de fevereiro de 2025.

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Por: Redação www.tmadicas.com.br Fonte: Terra

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