Inspirado pelo filho, Daniel transforma o diagnóstico em missão de conscientização sobre o autismo
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Foto: Reprodução |
Na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, um pai transformou o desafio em missão de vida. Após o diagnóstico de autismo do filho, Daniel Gonçalves, de 45 anos, descobriu que também está dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desde então, veste-se de Capitão América para levar informação, empatia e representatividade a escolas, hospitais e ações sociais.
Diagnóstico do filho trouxe autoconhecimento
Tudo começou quando o pequeno Benício, hoje com 8 anos, foi diagnosticado com autismo grau 3, o que indica maior necessidade de apoio. Com o tempo, Daniel percebeu semelhanças entre o comportamento do filho e o seu próprio. Ao buscar ajuda médica, também recebeu o diagnóstico de autismo grau 1.
“Comecei a entender mais sobre mim ao entender meu filho”, explica Daniel.
Sinais e busca por diagnóstico
A família notou sinais como falta de contato visual, sensibilidade auditiva, flapping (movimentos repetitivos com as mãos) e dificuldade de interação com outras crianças. Após meses de espera, um especialista em Itaipava (RJ) confirmou o diagnóstico.
A mãe, Isabela Faria, destaca:
“O diagnóstico foi um alívio, pois nos deu um caminho, mas também trouxe muitas dúvidas.”
Fantasia que inspira e representa
Vestido como o Capitão América, Daniel visita escolas e eventos, criando conexões emocionantes com as crianças. O uso do cordão de girassol, símbolo de identificação de pessoas com deficiências ocultas como o autismo, chama a atenção dos pequenos.
“Eles dizem: ‘Olha, ele usa o mesmo cordão que eu!’”, relata, emocionado.
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Foto: Reprodução |
A importância da empatia e da informação
Para Daniel, a inclusão social vai além de palavras. Ele destaca a falta de estrutura pública, como centros de terapia, escolas preparadas e campanhas educativas, e reforça a necessidade de grupos de apoio para famílias.
“Não é fácil. É uma rotina difícil que não pode ser romantizada. Precisamos de apoio real.”
Autismo na vida adulta ainda é pouco debatido
O próprio diagnóstico de Daniel revela uma realidade pouco falada: adultos autistas muitas vezes passam anos sem saber. Ele destaca sintomas como dificuldade de socialização, mudanças de humor e seletividade alimentar, presentes desde a juventude.
“Quanto mais cedo falarmos de inclusão, melhor será para todos”, afirma.
Conscientização o ano todo
A família reforça que a inclusão não deve ocorrer apenas em datas comemorativas. Para eles, o autismo faz parte da identidade, e cada avanço do filho é celebrado com orgulho.
“Nunca escondemos o Benício. Cada pequena conquista dele é uma vitória da família inteira.”
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Por: Redação www.tmadicas.com.br Fonte: G1
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